Crítica do filme Cidades de Papel

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No dia 30 de junho, alguns blogueiros e jornalistas foram convidados para assistir o filme Cidades de Papel em primeira mão. A produção cinematográfica é baseada no livro homônimo (adoro essa palavras, haha) escrito por John Green. A adaptação para as telonas tem Nat Wolff, como Quentin, e Cara Delevingne, como Margo, e produção executiva de Green, deve ser por isso que a coisa funcionou tão bem.

Como já falei anteriormente, a história tem foco em Quentin e Margo Roth Spiegelman, que depois de uma noite aprontando contra seus (ex)amigos, a garota desaparece sem deixar pistas. Quer dizer, ela deixa pequenas indicações que Quentin decifra. Assim, o cara resolve seguir esses rastros e ir atrás de Margo.

A transposição do livro para o cinema foi muito bem feita e cuidadosa. Claro, que alguns pontos da história original tiveram que ser cortados para melhor se adaptar a um roteiro cinematográfico. No filme, Quentin decifra tudo muito rápido, enquanto no livro, a gente fica páginas e mais páginas tendo aquela agonia junto com o protagonista.

O ponto alto da produção é o casting dos atores. Foram escolhidos garotos com aparências bem reais para os papéis de Quentin e dos seus amigos Ben e Radar. Além disso, as falas e direção deixaram que as interações parecessem bem naturais, como se estivemos vendo adolescentes conversando mesmo. Nada de cair no caricato ou apelar para jovens com postura de adultos. Eu gostei tanto do livro quanto do filme, apesar de não ser minha obra favorita do John Green. Mas uma coisa é certa: fazia tempo em que não via uma história adolescente ser contada com tanta delicadeza e cuidado em parecer real.

Muitos livros mais antigos me lembram esse sentimento de ser alguém num conflito existencial, algo que Quentin não tem, mas Margo sim. Autores como J. D. Salinger, Jack Kerouac e John Fante escreveram sobre a juventude americana em um período de pós crise econômica. Agora, Green consegue passar a mesma realidade angustiante de não ser mais criança, mas também não ser adulto sem soar falso. Se você, como eu, adora uma literatura jovem, vale encarar o autor. Se você, também assim como eu, gosta de filmes teens vale muito assistir Cidades de Papel.

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Aproveita e confere a entrevista que eu fiz com o John Green.