Em 2015 ainda existe espaço pra propaganda machista?

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A resposta é NÃO! Mas parece que alguns colegas publicitários esqueceram disso atualmente e decidiram veicular uma campanha em “ritmo de carnaval”, só que não. O lance foi o seguinte: A Skol veio com uma ação que tinha os slogans “topo antes de saber a pergunta” e “esqueci o não em casa”.

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Duas mulheres (conscientes) – Pri Ferrari e Mila Alves – decidiram fazer uma intervenção no pôster que estava em uma rua de São Paulo. As duas usaram fita isolante e escreveram a frase “E TROUXE O NUNCA”! Isso para alertar que na época de folia as pessoas precisam continuar a dizer “Não”, seja pra um cara mais saidinho, pra alguém oferecendo drogas, etc. E não alimentar a irresponsabilidade conforme fez a marca. O diretor de comunicação da Ambev, Alexandre Loures, disse que vai remover a campanha das ruas, de acordo com o site Brainstorm#9.

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Um pouco antes da marca de cervejas, o Ministério da Justiça lançou nas redes sociais a campanha “Bebeu, perdeu”. A publicação sugeria que a pessoa “Bebeu demais e esqueceu o que fez? Seus amigos vão te lembrar por muito tempo” e trazia a foto de uma moça segurando o celular enquanto outras duas riam atrás. Novamente, pegou mal! As pessoas começaram a questionar que mulher poderia ter sido abusada e as outras pessoas se aproveitaram dela. Um dos comentários da postagem sugeriu que “Quer conscientizar acerca do uso abusivo da bebida, mas ao mesmo tempo associa e reforça o bullying ainda mais entre as mulheres?”. Além disso, o “bebeu, perdeu” era feio porque ninguém poderia tirar fotos de uma pessoa semiconsciente e por aí vai. O post foi tirado do Facebook do Ministério da Justiça.

Heineken

Em 2014, a Heineken, novamente uma marca de cerveja, errou feio, errou rude. A cervejaria decidiu promover a bebida associando à final da Champions League. Pra isso, eles criaram uma parceria com a marca de sapatos Shoestock que daria desconto em seus produtos durante a hora da partida. Isso tudo por quê? Pra que as mulheres “liberassem” seus homens pra ver o jogo. A marca foi criticada por mulheres que gostam de cerveja e de futebol e acharam que a campanha tinha passado um tanto dos limites. (e eu que adoro essa cerveja :/ ).

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E eu achando que os anos 50 e 60 já tinham passado…